domingo, 16 de outubro de 2011

Divisão do Pará

SE APROVADA, DIVISÃO DO PARÁ CRIARÁ MAIS DOIS NOVOS ESTADOS.

DOIS NOVOS ESTADOS PODEM SURGIR NA REGIÃO NORTE DO BRASIL, DEPENDENDO DA DECISÃO DE UM PLEBISCITO PARA A SEPARAÇÃO DO PARÁ EM TRÊS, FORMANDO OS ESTADOS DE CARAJÁS E TAPAJÓS. A PROPOSTA É REJEITADA POR GRUPOS QUE APONTAM NELA INTERESSES POLÍTICOS, SEM BENEFÍCIOS PARA A POPULAÇÃO.

O PLEBISCITO FOI APROVADO PELO CONGRESSO EM MAIO E SERÁ REALIZADO EM 11 DE DEZEMBRO. O BRASIL POSSUI HOJE 27 UNIDADES FEDERATIVAS, SENDO 26 ESTADOS E O DISTRITO FEDERAL. SE A DIVISÃO FOR ACEITA PELOS PARAENSES, SERÁ A PRIMEIRA VEZ QUE UM ESTADO BRASILEIRO SURGIRÁ DAS URNAS, DE UMA DECISÃO POPULAR.

A CAMPANHA PELO PLEBISCITO COMEÇOU EM 13 DE SETEMBRO. PARA OS DEFENSORES DA MEDIDA, ELA LEVARÁ PROGRESSO PARA O INTERIOR DO ESTADO, ONDE A AUSÊNCIA DO GOVERNO DIFICULTA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.

O PARÁ É O SEGUNDO MAIOR ESTADO DO PAÍS, ATRÁS SOMENTE DO AMAZONAS. SANTARÉM, POR EXEMPLO, FICA A QUASE 1.500 KM DE BELÉM. COM A ESTRUTURA POLÍTICA QUE ACOMPANHA A FORMAÇÃO DE UM ESTADO, SERÁ MAIS FÁCIL, SEGUNDO OS SEPARATISTAS, DIRECIONAR RECURSOS FEDERAIS PARA AS REGIÕES MAIS DISTANTES DA CAPITAL.

JÁ OS OPOSITORES ACREDITAM QUE A SEPARAÇÃO, AO CONTRÁRIO, VAI PIORAR OS INDICADORES SOCIAIS DAS CIDADES PARAENSES, QUE ESTÃO ENTRE AS MAIS VIOLENTAS E POBRES DO PAÍS. ALÉM DISSO, ELES APONTAM INTERESSES POLÍTICOS E ECONÔMICOS NA REPARTIÇÃO.

DE ACORDO COM O PROJETO, O PARÁ FICARIA COM 78 CIDADES (17% DO TERRITÓRIO), 4,6 MILHÕES DE HABITANTES E 56% DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), OU R$ 32,5 BILHÕES. TAPAJÓS, NA REGIÃO OESTE, TERIA COMO CAPITAL SANTARÉM, INCLUINDO 27 CIDADES (58% DO TERRITÓRIO), 1,2 MILHÕES DE HABITANTES E 11% DO PIB (R$ 6,4 BILHÕES). CARAJÁS, AO SUL, CUJA CAPITAL SERIA MARABÁ, CONTARIA COM 39 CIDADES (25% DO TERRITÓRIO), 1,6 MILHÕES DE HABITANTES E 33% DO PIB (R$ 19,6 BILHÕES).

DESDE O SÉCULO 19 HÁ MOVIMENTOS EM DEFESA DA CRIAÇÃO DO TAPAJÓS, QUE QUASE CHEGOU A SER OFICIALIZADO NA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE DE 1988, JUNTO COM TOCANTINS. A SEPARAÇÃO DE CARAJÁS TEM À FRENTE PECUARISTAS E EMPRESÁRIOS DO SETOR DE MINERAÇÃO. MAS O FATOR DECISIVO PARA APROVAÇÃO SERÁ O CONVENCIMENTO DOS MORADORES DE BELÉM. A CAPITAL CONCENTRA O MAIOR FOCO DE RESISTÊNCIA À DIVISÃO DO ESTADO.

O RESULTADO DO PLEBISCITO SERÁ ENCAMINHADO AO CONGRESSO. DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO, A CRIAÇÃO DE ESTADOS E TERRITÓRIOS DEPENDE DA APROVAÇÃO DE UMA LEI COMPLEMENTAR. 

COMO NASCEM OS ESTADOS:

TRAMITAM HOJE NO CONGRESSO PROJETOS DE LEI PARA A INSTITUIÇÃO DE MAIS 16 ESTADOS FEDERATIVOS. OS PROJETOS PODEM GANHAR NOVO FÔLEGO, CASO A POPULAÇÃO PARAENSE APROVE A DIVISÃO NO NORTE.

ENTRE OS PROJETOS ESTÁ A CRIAÇÃO DO ESTADO DO TRIÂNGULO, QUE SEPARA O TRIÂNGULO MINEIRO DO RESTANTE DE MINAS GERIAS, COM 37 MUNICÍPIOS; GURGUÉIA, NO SUL DO PIAUÍ, COM 87 CIDADES (60% DO TERRITÓRIO); O ARAGUAIA, COM 32 MUNICÍPIOS, E O MATO GROSSO DO NORTE, COM 47, DESMEMBRADOS DO MATO GROSSO; O RIO SÃO FRANCISCO, COM 34 MUNICÍPIOS, LOCALIZADO A OESTE DA BAHIA; O MARANHÃO DO SUL, COM 49 MUNICÍPIOS, DIVIDINDO O MARANHÃO; O OIAPOQUE, NO AMAPÁ; E OS TERRITÓRIOS DO RIO NEGRO, SOLIMÕES E JURUÁ, NO AMAZONAS.

A PRIMEIRA DIVISÃO TERRITORIAL BRASILEIRA ACONTECEU APÓS O DESCOBRIMENTO, COM A FUNDAÇÃO DE 15 CAPITANIAS HEREDITÁRIAS. NO PERÍODO COLONIAL, AS CAPITANIAS FORAM UMA MANEIRA ENCONTRADA PELA COROA PORTUGUESA PARA COMPENSAR A FALTA DE RECURSOS PARA COLONIZAR O PAÍS, TRANSFERINDO TERRAS PARA PARTICULARES.

A HEREDITARIEDADE FOI EXTINTA EM 1759 PELO MARQUÊS DE POMBAL, MAS AS CAPITANIAS FORAM MANTIDAS ATÉ 1821. NESSA ÉPOCA, A MAIOR PARTE DELAS SE TORNOU PROVÍNCIAS, QUE DERAM ORIGEM A QUASE TODOS OS ESTADOS BRASILEIROS.

NO PERÍODO IMPERIAL HAVIA 19 PROVÍNCIAS, DUAS DELAS ORIUNDAS DO DESMEMBRAMENTO DO PARÁ (AMAZONAS) E DE SÃO PAULO (PARANÁ). EM 1828, A PROVÍNCIA DE CISPLATINA, NO SUL, SE TORNOU INDEPENDENTE E ORIGINOU O URUGUAI. COM A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA, EM 1889, AS PROVÍNCIAS SE TRANSFORMARAM EM ESTADOS.

EM 1903, O GOVERNO COMPROU DA BOLÍVIA TRÊS TERRITÓRIOS QUE, EM 1920, SERIAM UNIFICADOS PARA FORMAR O ACRE. DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, GETÚLIO VARGAS DESMEMBROU SEIS TERRITÓRIOS ESTRATÉGICOS DO PAÍS: AMAPÁ, FERNANDO DE NORONHA, GUAPORÉ, IGUAÇU, PONTA PORÃ E RIO BRANCO.

COM O FIM DA GUERRA, PONTA PORÃ E IGUAÇU FORAM REINCORPORADOS AOS ESTADOS DE MATO GROSSO (HOJE, MATO GROSSO DO SUL), SANTA CATARINA E PARANÁ. OS DEMAIS VIRARAM ESTADOS: RIO BRANCO VIROU RORAIMA E GUAPORÉ, RONDÔNIA. FERNANDO DE NORONHA VOLTOU A PERTENCER A PERNAMBUCO.

EM 1960 O TERRITÓRIO DE GOIÁS PASSOU A ABRIGAR O DISTRITO FEDERAL, ENQUANTO A ANTIGA CAPITAL DO PAÍS, A CIDADE DO RIO DE JANEIRO, SE TORNOU O ESTADO DA GUANABARA, DE 1960 A 1975. EM 1977 PARTE DE MATO GROSSO VIROU O MATO GROSSO DO SUL E, NA CONSTITUINTE DE 1988, FOI CRIADO O TOCANTINS, AO NORTE DE GOIÁS.
 
RESUMINDO:

UM PLEBISCITO MARCADO PARA 11 DE DEZEMBRO DECIDIRÁ SE O PARÁ SERÁ DESMEMBRADO EM DOIS NOVOS ESTADOS: CARAJÁS E TAPAJÓS. CASO A PROPOSTA SEJA APROVADA NO REFERENDO, SERÁ A PRIMEIRA VEZ QUE UM ESTADO BRASILEIRO SURGIRÁ DA VONTADE POPULAR. A DIVISÃO DO PARÁ DEPENDERÁ AINDA DE UMA LEI COMPLEMENTAR.

DE ACORDO COM O PROJETO, O PARÁ FICARIA COM 17% DO TERRITÓRIO E 56% DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), OU R$ 32,5 BILHÕES. TAPAJÓS, NA REGIÃO OESTE, TERIA COMO CAPITAL SANTARÉM, 58% DO TERRITÓRIO E 11% DO PIB (R$ 6,4 BILHÕES). CARAJÁS, AO SUL, CUJA CAPITAL SERIA MARABÁ, CONTARIA COM 25% DO TERRITÓRIO E 33% DO PIB (R$ 19,6 BILHÕES).

A CAMPANHA COMEÇOU EM 13 DE SETEMBRO. OS SEPARATISTAS ARGUMENTAM QUE O TERRITÓRIO É MUITO GRANDE E DIFICULTA A ADMINISTRAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO INTERIOR. O PARÁ É O SEGUNDO MAIOR ESTADO BRASILEIRO. JÁ OS OPOSITORES ALEGAM QUE HAVERÁ PIORA NOS INDICADORES SOCIAIS E APONTAM INTERESSES POLÍTICOS E DE EMPRESÁRIOS DOS SETORES DA PECUÁRIA E MINERAÇÃO.

O BRASIL POSSUI 27 UNIDADES FEDERATIVAS, SENDO 26 ESTADOS E O DISTRITO FEDERAL. TRAMITAM NO CONGRESSO PROJETOS DE LEI PARA A INSTITUIÇÃO DE MAIS 16 ESTADOS. 


CASO TODOS OS PROJETOS SEJAM APROVADOS, O NOVO MAPA DO BRASIL FICARÁ ASSIM:


 

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